Concerto da Orquestra Sinfônica da Paraíba homenageia Radegundis Feitosa e celebra o São João com baião, xote e frevo
A Orquestra Sinfônica da Paraíba realiza nesta quinta-feira (12), às 20h30, o quarto concerto oficial da temporada 2025 com uma apresentação especial que une homenagem e tradição. O destaque da noite será uma reverência ao consagrado trombonista paraibano Radegundis Feitosa, falecido em 2010, além de um repertório repleto de ritmos nordestinos, em celebração aos festejos juninos.
A regência será do maestro argentino Gustavo de Paco de Gea, e o concerto contará com a participação do trombonista Sabiano Araújo como solista. A entrada é gratuita, mediante retirada de ingressos a partir das 19h, na bilheteria da rampa 4 do Espaço Cultural José Lins do Rego, com limite de dois por pessoa.
A programação começa com “Dança Brasileira nº 1”, de Camargo Guarnieri. Em seguida, será estreada mundialmente a obra “Pequeno Concerto para Radega”, composta por Rogério Borges em homenagem a Radegundis. A peça, dividida em três movimentos, também presta tributo aos trombonistas Roberto Ângelo e Sérgio Medeiros, vítimas do mesmo acidente que vitimou Radegundis.
Na segunda parte do concerto, a OSPB mergulha nos ritmos nordestinos com “Suíte Nordestina”, do maestro Duda, passando por baião, seresta, maracatu e frevo. Também serão executadas “Seleção Luiz Gonzaga”, com clássicos como Asa Branca e Assum Preto, e a “Seleção Brasileira de Xotes”, arranjada por Maestro Chiquito.
O compositor Rogério Borges ainda assina duas outras obras presentes no programa: “Paisagem da Varanda”, inspirada em memórias afetivas do campo, e um pout-pourri com músicas de Flávio José. O encerramento será com a emblemática “Que Nem Jiló”, de Luiz Gonzaga, em arranjo sinfônico.
Sabiano Araújo, discípulo de Radegundis, destacou a emoção de interpretar uma obra inédita dedicada ao mestre. “É mais que uma homenagem; é um presente. Representar esse legado com a OSPB é motivo de imensa alegria”, afirmou o solista, que também atua como maestro e integra diversos grupos musicais no Brasil.
O maestro Gustavo de Paco, conhecido por valorizar a música nordestina, celebrou o caráter essencialmente brasileiro da apresentação. “Vamos do sinfônico ao popular com identidade, sentimento e celebração. Radegundis deixou um legado, e a música desta noite é uma ponte entre memória e festa”, concluiu.
Com uma trajetória marcada pela formação de músicos e difusão da cultura nordestina, a Orquestra Sinfônica da Paraíba reforça, neste concerto, sua vocação para unir excelência artística e valorização das raízes culturais do estado.
Redação Cultura Cz
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