Artistas e professores cobram revitalização do Núcleo de Extensão Cultural da UFCG, interditado há dois anos
Fundado há décadas, o NEC tornou-se um verdadeiro polo cultural, abrigando atividades e oficinas de dança, teatro, música, artes visuais, literatura, capoeira e artesanato. Sua paralisação representa não apenas uma perda física, mas também um profundo impacto social e simbólico para a comunidade artística da região.
Na última quarta-feira (16), representantes de diversos coletivos culturais, artistas independentes e membros da sociedade civil se reuniram no Miniauditório da UFCG, ao lado da Associação dos Docentes Universitários de Cajazeiras (ADUC) e do coordenador do NEC, professor Naldinho Braga, para debater soluções e cobrar um posicionamento oficial da universidade.
Durante o encontro, foram feitas críticas à falta de iniciativa da gestão universitária em elaborar um cronograma de obras, mesmo diante das constantes reivindicações do setor cultural local. Os participantes destacaram a urgência de recuperar o espaço, que historicamente serviu como um dos poucos ambientes de formação artística gratuita e de acesso democrático à cultura na região.
“O NEC não é apenas um prédio, é um símbolo da resistência e da criatividade do povo de Cajazeiras. Sua ausência está sendo profundamente sentida por todos que fazem cultura no sertão”, afirmou um dos artistas presentes.
A comunidade cultural pede transparência, diálogo e ações concretas, alertando que a omissão pode representar um apagamento de espaços fundamentais para o desenvolvimento humano, social e artístico da juventude e da população em geral.
Até o momento, a UFCG não divulgou prazos nem medidas efetivas para a reestruturação do espaço, o que tem gerado crescente mobilização e insatisfação por parte da classe artística.
A luta pela reabertura do NEC continua como símbolo da resistência cultural em Cajazeiras, enquanto artistas, professores e coletivos mantêm viva a cobrança por respeito, investimento e políticas públicas que garantam o direito à arte e à cultura no interior paraibano.
Redação Cultura CZ
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