Quatro salas de cinema são reabertas em Patos
O professor patoense Zé Márcio, entusiasta da sétima arte, celebra o incremento das salas de cinema em seu município natal. O docente assinala que o município não tem memória recente de cinemas de rua, fato similar a outros municípios paraibanos.
“A coisa mais próxima disso foi o Festival Cinema com Farinha, que, no auge, levou muita gente para as praças. Depois a coisa minguou, foi para dentro dos shoppings, o que afasta o povão. Provavelmente por falta de apoio, afinal tudo tende a acabar aqui por falta de apoio”, lamenta.
Zé Márcio recorda os espaços de projeção que no início do século 20 atraiam patoenses fascinados com a então recente forma de expressão. Ele cita o Eldorado e o São Francisco, além de outro pequeno local, no centro do município, que abriga hoje um bar.
“No caso de salas fechadas em shopping, a impressão que eu tenho é de que o jogo mudou. Tudo se passa como se a cidade não tivesse acordado para essa nova realidade do cinema. Não sei se por falta de divulgação, mas é como se essas salas não tivessem voltado de fato”, atesta.
O entusiasta afirma, por fim, que o processo de reconexão do público consumidor com o mercado de cinema passa, justamente, com a inserção dessa mídia no cotidiano das pessoas, como acontece com o rádio e a televisão, além do apelo à memória afetiva dos espectadores.
“Não há um único indivíduo natural daqui que não tenha saudade de ver o cartaz do filme em destaque no cinema exposto no centro, ao lado da prefeitura. Isso meio que orientava as pessoas, como um relógio ou uma bússola”, conclui.
A reportagem perguntou ao Patos Shopping se a empresa exibidora tem origem local ou se é uma unidade de alguma empresa de outro estado, mas até o fechamento desta edição a administração do local não havia retornado o contato.
Cultura CZ com Jornal A União
Comentários
Postar um comentário